Nasceu no dia 11 de Janeiro de 1925, no sitio Recreio em
Patu, Estado do Rio Grande do Norte, de propriedade dos seus pais André Avelino de Moura e Izabel de
Almeida Moura. Estudou somente até o terceiro ano primário, pois teve que parar
seus estudos para trabalhar.
Começou o próprio negócio em Patu, onde vendia
cereais e bebidas “fiado”, como ele mesmo dizia. No início do anos 50, foi
morar em Fortaleza onde comercializou frutas e depois peles de animais que levava
de Patu. Após cinco anos, voltou para Patu e abriu uma lojinha para vender
madeiras.
Foi eleito para quatro legislaturas na qualidade
de vereador. Havia poucos eleitores em Patu e na primeira eleição (1956)
recebeu 70 votos. Na segunda (1958) ele obteve 97, na terceira (1963) 165 e na
última (1967) foi eleito com 210 votos. Na função de vereador, não recebeu
salário. Trabalhou de forma voluntária, só pelo prazer de estar na política e
de poder ajudar as pessoas e o desenvolvimento de Patu. Dedicou parte de sua
carreira apoiando o grupo político do prefeito Aderson Dutra e outra o grupo do
prefeito José Tavares de Holanda, tio da sua esposa. Mesmo após o último
mandato, continuou participando e articulando o meio politico patuense.
Procurava estar sempre atualizado sobre a política, seja através do rádio, dos
jornais impressos ou da Televisão.
Em 1968, abriu a Casa Moura. Passou a vender
também ferragens, canos e expandiu para todo tipo de material elétrico e de
construção. Na companhia da sua esposa, Severina Saraiva de Moura (Dona
Mocinha), educou seus seis filhos: Graça, Isabel, Edmilson, José, Júnior e
João. Em 2008, concedeu uma entrevista em vídeo ao filho caçula João, na qual
falou, dentre outras coisas, do orgulho de nunca ter agredido fisicamente
ninguém, de nunca ter se envolvido em confusão e de estar satisfeito por ter
visto os filhos crescendo, constituindo família e trabalhando. Segundo ele, foi
tudo fruto de muito trabalho junto com Dona Mocinha.
Francisco Otávio de Moura, SEU CHICO de André, foi acima de tudo, um homem de elevado espírito público que estava sempre pronto para ajudar o próximo. Devemos reconhecer na sua existência e altruísmo, a grande lição que nos deu e que caracteriza-se pelo seu humanismo, sinceridade e sobre tudo pelo seu amor à família e às pessoas mais simples. Foi um homem de bem, um patriota e um grande patuense que contribuiu para o desenvolvimento desta cidade e merece a nossa admiração e profundo respeito.
Faleceu no dia 3 de abril de 2012
POR JOÃO BATISTA DE MOURA
FONTE – FOLHA PATUENESE